Ao lançar a nova geração da sua suite de aplicações de negócio, o fabricante foca-se agora na migração dos 55 clientes utilizadores da plataforma Hana em Portugal.
Sem avançar com objectivos definidos temporalmente, a SAP estabelece como uma da suas prioridades a “migração” dos clientes com Business Suite e Hana para S/4 Hana, a nova geração da sua plataforma de aplicações de negócios, recentemente lançada. São 25 empresas, de um conjunto de 55 utilizadoras da referida tecnologia in-memory de base de dados, de acordo com afirmações de Rui Gaspar, responsável da SAP para o negócio Hana, em Portugal.
As outras 30 usam a suite mais direccionada para PME, a Business One, e sendo possível, a sua migração para S/4 Hana é menos realista, por questões de dimensão da sua actividade. Entre o grupo total, estão organizações como a Agromais, Banco BIG, Cimpor, DRT Moldes e Plásticos, Enzymatic, Fundação Eugénio de Almeida, Visabeira, Probar, REN, Seara, Indústria de Carnes e Sumol+Compal. O enfoque faz sentido, nem que seja porque a nova suíte só funciona sobre tecnologia Hana.
O responsável não gosta de chamar migração à mudança. Do ponto de vista técnico, a operação terá um grau de dificuldade semelhante à instalação de uma actualização da suíte de aplicações, promete.
Mesmo assim, deverá demorar cerca de três meses, com a maior parte do tempo a ser empregue no teste de funcionalidades. O processo beneficia bastante da compatibilidade semântica, garantida pela SAP, entre as duas plataformas, sublinha o executivo.
Para impulsionar a adopção da SAP S7/Hana, o fabricante oferece sem custos a nova suíte aos clientes de Hana. Aos novos, vai disponibilizá-la como bónus, na compra de licenças da Business Suite, durante algum tempo.
O lançamento da S/4 Hana em modelo de cloud computing está previsto para o segundo trimestre de 2015.
Rui Gaspar acredita que, actualmente, a disponibilização da nova suíte, em modelo de cloud computing, será um factor impulsionador da migração. Baseia-se na sua percepção pessoal de que aquele tipo de solução já tem hoje melhor aceitação em Portugal, face há cerca de um ano.
No lançamento mundial da solução, o fundador da SAP, Hasso Plattner, considerou que a solução em cloud seria até mais fácil de usar. Mas face à resistência e limitações de sectores como o da banca e da saúde na utilização de cloud computing, o responsável dirigiu a oferta mais para o sector dos serviços.
Rui Gaspar alertou para o facto de muitas soluções em cloud computing não permitirem o suporte às variadas especificidades de algumas organizações, como as da banca. Contudo, há uma tendência mundial para privilegiar a simplicidade de utilização das aplicações de negócio, em detrimento de algum excesso de funcionalidades, levando à utilização do modelo de cloud computing.
A S/4 Hana procura simplificar a utilização e os processos e é uma resposta a isso. O lançamento da suíte em modelo de cloud computing está previsto para o segundo trimestre de 2015. No entanto, Rui Gaspar considera que o alinhamento das organizações portuguesas com a referida tendência mundial é misto: “ainda há muitas empresas convencidas de que manter capacidades de desenvolvimento de soluções internamente é o factor diferenciador”.
Organizada em torno das funções
A lógica de utilização e os processos da nova suíte mudam de paradigma, segundo o responsável. Em vez de estar focada nas transacções, passa para outro patamar, funcionando em redor de funções e tarefas de gestão, como o planeamento de produção.
Beneficiando da análise de dados transaccionais em tempo real, o gestor ficará munido de informação para agir mais rapidamente sobre determinada situação de negócio, defende a SAP. Essa capacidade é possível porque agora a plataforma usufrui mais directamente do potencial da Hana .
Outra evolução introduzida foi a simplificação do modelo de dados, que “permite aos clientes reinventarem as suas TIs”, além dos processos de negócio, diz a SAP. O potencial da S/4 Hana também assenta em melhorias de interface, mesmo no suporte de mobilidade SAP Fiori para dispositivos móveis: vem preparado para maiores capacidades de acesso, organização de dados e opções de análise e de acção.
A SAP acredita também que a suíte ajudará a acelerar a integração com a Internet of Things e Big Data.
Aprofundar a utilização de Hana é uma meta
Rui Gaspar tem outro objectivo para os clientes da plataforma Hana: alargar ou aprofundar a utilização da tecnologia para outras áreas dentro dessas organizações.
Segundo o responsável, os actuais utilizadores usam-na sobretudo para ganhar uma perspectiva mais analítica além da aceleração de processos. Mas sugere haver um importante interesse para as organizações em abrir a utilização a outras fontes de dados fora do universo SAP, como as redes sociais e outras aplicações. E pouco clientes o fazem, diz.
*Actualização: A segunda e terceira frases foram modificadas para especificar um número mais realista (25) de empresas, que poderão mais facilmente migrar para S/4 Hana.
Fonte: Computerworld
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