O homem por trás da iniciativa é Jonathan Becher, ex-Chief Marketing Officer da multinacional, que em janeiro foi nomeado o primeiro Chief Digital Officer da história da SAP. Os chamados CDOs são o último grito em termos de cargos C suite. A inevitável previsão do Gartner, feita em 2012, falava que neste ano 25% das grandes empresas já teriam um profissional na função.
Tipicamente, o CMO serve para fazer a ponte entre os CMO e os CIOS para ajudar a criar novas oportunidades de negócio para empresas tradicionais no meio digital. Empresas como L’Oreal, McDonalds e Startbucks tem CMOs.
Mas o que um CMO pode fazer na SAP? De acordo com Becher, o plano é introduzir uma nova linha de produtos e serviços que possam ser adquiridos e usados por pessoas físicas que já hoje em dia já acumulam o papel de decidir, implementar e usar alguns softwares das organizações (a famosa shadow IT).
“Estou convencido que a empresa pode mudar desde dentro. Vamos ameaçar parte do nosso negócio já existente? Sim, mas é melhor fazer isso antes que outro faça”, explica Becher.
O CDO tem cacife dentro da empresa, na qual foi vice presidente senior de marketing para a linha Business Objects e Field Marketing, antes de assumir o cargo de CMO.
Becher também tem experiência no universo startup, tendo sido CEO de três empresas de tecnologias que acabaram compradas por corporações maiores entre 1996 e 2003.
De qualquer maneira, o executivo assumiu como CDO em janeiro e ainda não tem muito o que mostrar sobre essa visão futura para a empresa.
Durante o SAP Fórum, que encerrou na semana passada em São Paulo, o Becher deu uma palhinha sobre o futuro mostrando o Lumira Standart Edition, uma aplicação que permite visualização fácil de dados, com uma interface do tipo arrastar e largar.
O produto está disponível por US$ 995, pagáveis com cartão de crédito no Market Place do Hana. O Lumira, no entanto, é um produto que já está no portfólio da SAP há alguns anos, tendo sido repaginado em 2013.
A maior tentativa da SAP de fazer o tipo de negócio que Becher se propõe a fazer foi o Business By Design, um ERP para pequenas empresas lançado em 2010 que nunca chegou a emplacar.
“Nosso erro com o Bussiness By Design foi tentar ter um produto muito perfeito já no lançamento”, afirma Becher, fazendo eco ao estratégia “lance logo e corrija os bugs rápido” característica das startups de software. De acordo com Becher, esse approach nunca será a regra na SAP, que, afinal vende software por milhões para atividades como gestão financeira de grandes companhias. Mas ele pode fazer sentido em algumas ocasiões, como um modo complementar de atingir o cliente.
“Se uma empresa já fez uma implantação e quer adicionar licenças, mesmo de um software mais complexo, ela deveria poder fazer isso online”, explica o CDO da SAP. Aparentemente trivial, uma mudança dessas envolve uma grande simplificação nos processos internos tanto da SAP como dos compradores.
Mais anúncios relacionados à operação comandada por Becher devem ser feitos durante o Saphire, evento mundial da empresa que acontece em breve em Orlando, na Flórida.
O CDO revela que já existe um cronograma relativo a futuros lançamentos da própria SAP em um primeiro momento, seguido da abertura para aplicativos desenvolvidos por terceiros, e, finalmente, conteúdos de treinamento e capacitação.
Fonte: www.baguete.com.br
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