No artigo anterior sobre IoT, vimos um pouco sobre o surgimento do termo, o conceito que está por trás das conexões entre os dispositivos, sobre as preocupações com essa nova tecnologia. Se você não leu ainda aproveite o hiperlink e leia, deixe seu comentário, compartilhe sua ideia e curta Internet das Coisas – Parte 1.
Hoje quero continuar com a mesma dinâmica, de maneira didática e simples, falar um pouco mais desse universo interessantíssimo que o IoT (Internet of Things). Nesse artigo quero focar, sobre o que já está sendo utilizado da Internet das Coisas, e no que as empresas têm investido para facilitar a vida e ganhar mercado.
Lembrando que o grande trunfo da internet das coisas (IoT), é a conexão entre vários dispositivos, trocando informações em tempo real, conforme a finalidade da sua construção. Hoje já é possível em tempo real você saber se o caminho que está pegando para ir para casa está com transito lento, através do Wase que utiliza as coordenadas do GPS e as informações de milhares de motoristas.
Vamos ver exemplos de IoT já disponíveis em algum setores:
ENERGIA ELÉTRICA E ÁGUA
Se você mora num grande centro urbano está acostumado com tanta facilidade no seu dia-a-dia que talvez nem perceba, mas a internet das coisas já está trabalhando a seu favor. Lembra quando acontecia um acidente ou chuva forte que desligava semáforos ou estourava um duto de água? A demora que era para chegar à equipe era preciso ligar, passar o endereço correto e depois de horas chegavam.
Não sei se tem percebido, mas atualmente quando ocorre essa mesma situação em pouco tempo, (vamos deixar claro a variável trânsito envolvido) uma equipe chega ao local e inicia o reparo. O mais bacana que não precisa ninguém ligar para as centrais, porque nas regiões centrais já operam com IoT, tem dispositivos instalados nos dutos ou centrais elétricas, que ao primeiro sinal de interrupção já pisca na tela do atendente o lugar exato onde ocorreu o incidente. Dessa forma o funcionário já dispara um aviso para equipe se dirigir ao local.
SAÚDE
O segmento de saúde é um promissor campo de pesquisa e desenvolvimento para empresas que investem no cuidado e bem estar da saúde, o famoso conceito Quantified Self, onde as empresas desenvolvem sensores vestíveis wearable, onde o consumidor pode controlar dentre várias informações a quantidade km percorrido, sua frequência cardíaca, gasto calóricos entre outros dados gerados durante o exercício. Ele pode receber em seu Smartphone, ou ainda configurar para enviar seus dados a seus personal trainer, médico ou nutricionista.
Pessoas que sofreram de amnesia motivado por acidente ou algum tipo de demência, fizeram parte de um experimento realizado pela Vicon que licenciou da Microsoft a tecnologia do SenseCam um aparelho que tira centenas de fotos e grava áudio para gerar uma memória áudio visual para pacientes ou idosos melhorar seu convívio após o trauma.
Os voluntários tiverem considerável melhora após rever fotos de pessoas ou lugares que conheciam antes do acidente, com simples fato ver as fotos tiradas.
Entre as empresas que tem investido em wearable computer, estão Nike, Adidas, Google, Microsoft, Samsung entre outras. Há tênis, camisetas, relógios inteligentes e uma série de equipamentos já inseridos com dispositivos para “facilitar” a vida dos novos usuários da IoT.
GESTÃO DE CIDADES
Buenos Aires sofre com problemas de inundações constantes, devido problemas com esgotos e sistema de drenagem entupidos durantes as tempestades. Causando enormes danos para cidade administrar.
Com a ajuda do programa SAP Future Cities, a cidade adotou o uso da plataforma SAP HANA foi possível dar a equipe de segurança contra catástrofes, em tempo real acesso aos dados coletados através dos sensores colocados nos ralos da cidade.
A plataforma via SAP Mobile, funciona como uma central de acompanhamento de escoamento dos esgotos e ruas na época de chuva. Dessa forma, a liderança da cidade pode com antecedência avisar a população de futuros problemas com inundações, ou previsão de tempestades vindas para região.
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
No setor automobilístico é o que mais cresce em investimento em desenvolvimento IoT pelas empresas como, Cisco, Google e Intel estão investindo bilhões de dólares nesse mercado rentável.
Há vários exemplos, mas creio que os apaixonados por carros, ouviram falar do projeto Mobii, que está sendo desenvolvido pela Ford e pela Intel, pretende reinventar o interior dos automóveis. Ao entrar em um carro com essa tecnologia, uma câmera vai fazer o reconhecimento do rosto do motorista, a fim de oferecer informações sobre seu cotidiano, recomendar músicas e receber orientações para acionar o mapa com GPS.
Se o sistema não reconhecer a pessoa, ele tira uma foto e manda as informações para o celular do dono, evitando furtos.
Esse é um dentre vários exemplos da conectividade de um carro no ambiente da Internet das coisas IoT interagindo de forma inteligente.
DESAFIOS
Como escrevi no primeiro post sobre IoT, há vários obstáculos a serem vencidos ainda, como Segurança, Privacidade, Infra estrutura, regulamentação entre outros. Algumas empresas estão se reunindo para criar um padrão para as conexões dos diferentes dispositivos e fabricantes, o grupo é chamado Open Interconnect Consortium (OIC). As empresas que compõe são Dell, Intel e Samsung.
Como pode observar é um mercado promissor, mas como de praxe inovações tecnológicas não sobrevivem sozinhas, para a IoT não é diferente. De mãos dadas com a internet das coisas, vêm seus agregados: Big Data e Computação em Nuvem (Cloud Computing). Eles se entrelaçam e se complementam para sustentar essa tendência tecnológica que está se firmando.
Mas esse é um assunto para um próximo post, sobre Big Data escrevi Big Data no dia-a-dia. A pergunta que quero deixar para você é “Como você tem se preparado para as novas tendências tecnológicas?”.
Por mais que você não goste, ou não queira atuar na área, pelo menos conhecer os assuntos é importante, quem sabe você não dá uma guinada em sua carreira profissional, ou tem um insight como empreendedor!
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