A World Wide Web (www) nasceu, há 30 anos, da visão do cientista da computação britânico, Tim Berners-Lee, de criar um sistema unificador que pudesse conectar informações em diferentes computadores. Hoje, os mecanismos da web processam uma média de mais de 40 mil pesquisas por segundo, o que equivale a 3,5 bilhões de buscas todos os dias.
Nestas 3 décadas, além de passar a ser a principal fornecedora das informações que queremos, a web trouxe conveniência e eficiência, elementos importantes em uma sociedade cada vez mais acelerada. Como executiva de uma empresa de Adtech, quis olhar para os benefícios da Internet por outras lentes, e isso, claro, só poderia ser feito pelo ponto de vista da publicidade.
Qual é o cenário Latino-americano?
De acordo com o estudo Latin America Ad Spending, do eMarketer, em 2019, os gastos com publicidade digital na América Latina devem crescer 14,1%, movimentando US$ 9,17 bilhões. A tendência é que quase um terço dos gastos com mídia sejam convertidos em investimentos para plataformas digitais.
Esse aumento é impulsionado pela melhora no acesso à Internet móvel, aliada a planos de telefonia mais baratos e à popularização dos smartphones. Todos esses fatores estão impulsionando o crescimento da publicidade mobile na região, que deve representar 62,7% dos investimentos digitais. O Brasil será o maior mercado de anúncios mobile na América Latina, com mais da metade (50,7%) dos gastos regionais, seguido do México (17,7%) e Argentina (4,2%).
A evolução dos anúncios online.
Em 27 de outubro de 1994, o primeiro anúncio em banner da AT&T foi lançado na HotWired.com, página online da revista Wired. A campanha foi tão eficaz que 44% dos internautas clicaram no banner, o que equivale a cerca de 880 vezes mais que a média de acessos obtidos atualmente. Uma taxa de cliques tão impressionante é extremamente rara hoje em dia.
O anúncio atraiu os espectadores para as páginas de destino dos maiores museus do mundo, transportando pessoas pelo tempo e pelo espaço com a Internet. Foi então que o manifesto da revista Wired sobre um futuro com acesso à Internet foi trazido à vida. É interessante notar que a peça da AT&T era simples, estática e ambígua. Além disso, não havia a logomarca da empresa.
Desde então, os anúncios em banner tiveram de evoluir aos trancos e barrancos, visto que a atenção dos consumidores para conteúdos irrelevantes diminuiu naturalmente na medida em que explodiu a veiculação de publicidade online. Um estudo da Salesforce descobriu que, para 58% dos consumidores, a personalização é prioridade, sendo que 57% estão dispostos a fornecer mais dados pessoais para melhores recomendações e descontos.
Os anúncios online modernos são personalizados e movidos por tecnologias transformadoras, como a Inteligência Artificial (IA). Portanto, fornecem recomendações relevantes com base nas preferências e necessidades do usuário. Eles são criados para envolver e converter.
Olhando para frente: a internet aberta
Este ano, durante uma apresentação do 30º aniversário da rede mundial de computadores, Bernes-Lee pediu que todos os usuários construíssem uma Internet melhor. Nos últimos anos, os internautas se uniram para pedir maior privacidade e regulamentações de gerenciamento de dados, em resposta ao aumento da desinformação e à crescente demanda por uma experiência online mais personalizada, em um ambiente seguro.
Embora os usuários gastem metade do tempo em plataformas da Internet Aberta, 70% dos gastos com publicidade digital são canalizados para as gigantes da tecnologia. Este ecossistema é altamente submonetizado, uma vez que a Internet Aberta não se beneficia do mesmo nível de tecnologia das gigantes.
Conflitos de interesse em potencial precisam ser restringidos com regras transparentes no setor digital que diferenciem claramente os serviços ao consumidor da monetização dos serviços ao consumidor.
E é nisso que estamos trabalhando na Criteo.
Nossa visão é ser a plataforma de publicidade para a Internet Aberta, que definimos como um ambiente que permite a todos os players interagir diretamente com o público e com os consumidores, enquanto garantem acesso justo e transparente a dados e mensuração.
Na Internet Aberta, os anunciantes têm maior escolha sobre com quem trabalhar, quando e como compartilhar dados ou quantificar o seu sucesso. Esse ambiente também permite que eles tenham mais controle sobre os seus clientes e informações, o que ajuda a alimentar de forma mais efetiva cada ponto de contato e cada conexão.
O que podemos fazer para tornar a Web melhor? Eu adoraria ouvir suas sugestões.
*Por Maiby Gignon, diretora regional de parcerias com publishers para a América Latina da Criteo
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