O tímido crescimento de cerca de 3% ao ano do mercado mundial de ERP (sistema integrado de gestão empresarial) tem acendido o sinal de alerta de players globais. Durante este ano, Totvs e SAP anunciaram novas diretrizes estratégicas, apresentando discursos semelhantes sobre o conceito de simplicidade e as exigências dos clientes da nova geração. Ao chegar ao mercado de trabalho, a geração Y levaria consigo uma familiaridade com a tecnologia antes restrita aos profissionais de TI. Acostumados a consumir marcas como Google e Apple, eles exigiriam ferramentas capazes de combinar o belo e o simples. Num clique, eles esperam responder às suas perguntas por meio de infográficos coloridos e atrativos. O desafio, portanto, seria o de aproximar esse novo público ao universo do ERP. Segundo Laércio Consentino, CEO da Totvs, a geração de nossos dias pensa e se relaciona de maneira diferente, ela quer influenciar e ser percebida de maneira única e especial.
Assim, o desafio de sua empresa seria o de viabilizar esses novos comportamentos. Em abril deste ano, durante o evento Universo Totvs e ao som de Happy, do Pharrell Williams, Consentino reforçou que a empresa passa por um processo de transformação. Este processo poderia ser sintetizado por meio de seu novo slogan “mais simples, mais colaborativa e 100% conectada”. A SAP, por sua vez, tem repetido durante todo o ano que seu objetivo é simplificar. Bill McDermott, CEO global da empresa, explicou durante o SAPPHIRE NOW 2014 e ao som de Bon Jovi que “Compreender a complexidade da tecnologia é um dos desafios que enfrentamos na indústria. Por isso, decidimos enfrentar este desafio e simplificar todo o nosso software”.
Já recentemente no mês de agosto, durante a 17ª edição da Conferência Anual da Asug, Cristina Palmaka, Presidente da SAP Brasil, reforçou que “A SAP não é conhecida por ser a empresa mais simples”. Simples sem ser simplista Os grandes gênios de séculos passados, de Leonardo da Vinci a Einstein, já tinham dado a dica: keep it simple, expressão conhecida hoje em dia pelo acrônimo Kiss. A questão é como trazer esse conceito secular para o ERP. Tanto a Totvs quanto a SAP respondem que é possível ser mais simples por meio de uma tecnologia ágil, fácil de utilizar e de implementar independente das especificidades do core business de cada cliente. Porém, analistas lembram que é característico do ERP uma complexidade essencial que não pode ser eliminada. A percepção do usuário final, seja ele da geração Y ou não, se limita ao uso da interface. Do ponto de vista daqueles que desenvolvem, implantam, e ou mantém o sistema, a simplicidade deve se manifestar de diversas formas, ou seja, da arquitetura ao processo de instalação e manutenção.
Como exemplo disso, lembremos o software de finanças da SAP, o Simple Finance. Ora, mesmo com a palavra “simples” em seu nome, um software de finanças da SAP nunca será realmente simples, o que ele pode ser é o mais simples possível. Enfim, ser simples não é fácil, especialmente quando se trata de mover uma organização de grande porte em uma nova direção. No entanto, Totvs e SAP não têm economizado em aquisições, esforços na nuvem e na atuação por meio de segmentos de negócios. Nesta corrida, a SAP anunciou que em 2015 entrará nos segmentos de saúde e educação. Já a Totvs tem apostado em uma nova interface para os seus ERPs por meio do Fluig, plataforma que ganhou destaque durante o ECM Show 2014. Se depender dessas empresas o belo e o simples estarão garantidos no trabalho cotidiano da exigente geração Y (quem sabe até mesmo ao som de I Was Made For Loving You ). Fonte: http://computerworld.com.br
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