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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

NUVEM É MAIS UMA FACETA DO MUNDO DIGITAL

Segundo executivo, digitalização demanda conexão de todo um ecossistema por meio de uma solução única

O universo corporativo tem na ponta da língua as tendências da atualidade: cloud, big data, analytcs e mobilidade. Tudo isso, junto, culmina na digitalização, aposta das empresas hoje para se diferenciarem no mercado. “A nuvem é só uma faceta do mundo digital e o mundo digital não é uma disciplina separada do resto”, avaliou Claudio Muruzábal, presidente da SAP América Latina e Caribe (LAC), em conversa com o IT Forum 365.

Ele assinalou que grande parte das pessoas pensa que ser digital é preciso adotar um CRM, ou ter uma estratégia omni-channel. Mas a verdadeira digitalização vai muito além disso: ela conta com uma infraestrutura que permite ligar pontos remotos da rede, parceiros, fornecedores, clientes. “Todos conectados por meio de uma única solução, onde o core é o digital e a nuvem é parte do todo.”

E embora o discurso permeie toda a indústria, há ainda um longo caminho para que companhias na América Latina sejam, de fato, digitais. Mas o que está faltando? Para Muruzábal a chave está no entendimento de que o mundo digital não é somente para grandes empresas. Pequenos e médios negócios também podem, e devem, ingressar no universo. “Elas têm grande capacidade de movimentar a economia e devem apostar na digitalização”, afirmou o executivo.

Como exemplo ele citou a Stara, fabricante de médio porte de máquinas e equipamentos para agricultura de precisão com sede em Não Me Toque, no interior do estado do Rio Grande do Sul. A empresa tem hoje a primeira máquina agrícola conectada on-line com uma solução SAP, responsável por melhorar o processo de plantio e colheita de sementes. Segundo ele, esse é um exemplo de como a tecnologia está gerando a possibilidade de nivelar pequenos, médios e grandes fabricantes. “Trata-se de uma mudança simples que impacta significativamente nos negócios.”

As pequenas e médias empresas (PMEs), inclusive, têm sido alvo da estratégia SAP em todo o mundo e, especialmente no Brasil. “A SAP tem foco nas PMEs, mas nos últimos anos passamos a dar mais atenção com ferramentas tecnológicas específicas para esse mercado”, observou, completando que a fabricante alemã de software também está de olho em empreendedores e startups. 

Estratégia
Desde agosto de 2015 como líder da operação latino-americana da SAP, Muruzábal mostra-se animado com as oportunidades que a digitalização traz para a estratégia da fabricante. “Meu trabalho e do time agora é o de gerar valor para o cliente. Não vender bits e bytes, mas transformar o negócio”, afirmou em português fluente. Seu desafio, hoje, é gerar constante paixão de suas equipes pelo tema, provocando energia e dedicação. 

O executivo reconhece a turbulência pela qual passa a América Latina. Contudo, ele está confiante e há muitas oportunidades na região, afinal, disse, quem não investir agora corre o risco de ficar para trás quando o mercado voltar com força total. 

Ele relatou que a SAP segue com sua estratégia voltada para 25 verticais de mercado. Sua aposta é de que segmentos como saúde e finanças registrem salto expressivo neste ano. Os resultados de atuar com foco em verticais, entendendo a necessidade de cada setor, têm sido positivos, garantiu. “Não somos uma empresa apenas de ERP”, lembrou, citando que a companhia já conta com 95 milhões de usuários de cloud e mais de 10 mil de Hana.

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