O próximo ano promete a aplicação de redes de IoT a muita tecnologia existente, além da conjugação com “edge computing” e melhor analítica.
O IoT tem sido um dos maiores fenómenos das TIC, mas 2018 é o ano em que começa a realmente abalar os utilizadores empresariais à escala mundial, de acordo com Christian Renaud, director de pesquisa sobre o segmento, na 451 Research. Existe um novo grau de sofisticação na forma como as empresas abordam o extremo da analítica, nas estruturas de IoT, acrescenta.
As empresas armazenam cerca de metade dos dados que captam e analisam aproximadamente metade do que está armazenado. “Então, porque paguei tanto dinheiro por esses malditos sensores se não vou fazer nada com todos os dados que eles captam?”, questionam-se os gestores, segundo o analista.
“Mas acho que as pessoas que implantaram os sistemas estão a conseguir perceber melhor que dados captados são importantes e quais não são”. Isso deverá mudar à medida que as empresas reconhecem a importância de processar todos os dados que estão a receber.
A fase de exploração/descoberta acabou e implantação mais generalizada está a caminho. A forma que assumirá esse enfoque na analítica deverá variar de acordo com o sector económico. No de retalho, por exemplo, as empresas estão a interligar sistemas de pontos de venda com todas as suas bases de dados, que estão a multiplicar-se por causa da IoT.
Isso permite o correlação de dados dos PoS com o número de pessoas que entram na loja, indicadores sobre as áreas da loja que visitaram, dados demográficos. E vincular isso às taxas de conversão.
Kilton Hopkins é um empreendedor e o director de um programa de formação sobre IoT na Northeastern University. Diz que a tendência para mensurar está a ser reforçada há algum tempo.
E que a queda dos preços do hardware faz parte dessa equação. “A cada ano que passa, vemos um aumento na medição. Com a diminuição contínua de preços no hardware de sensores e micro-controladores, torna-se mais rentável recolher mais dados ao longo do tempo “, afirmou. “Antes de podermos fazer qualquer analítica e fazer qualquer melhoria nas nossas operações comerciais, precisamos de ter dados. Então, se há alguma coisa que seja preciso medir, talvez 2018 seja o ano para isso”
Nos extremos
A intenção da edge computing, no contexto das IoT, é reduzir a latência, o que, de acordo com Renaud, significa que será uma tendência apelativa em certos tipos de aplicação na “IoT industrial”.
“Os fornecedores de TIC convenceram as pessoas a adoptarem cloud computing nas últimas décadas, e que disseram ‘OK, vamos trazer a cloud para a terra da IoT’. Mas os responsáveis por projectos de IoT ripostaram: “Não vão nada, porque eu tenho aplicações dependentes de latência ultra baixa que não podem suportar demoras de 200ms na AWS”, disse ele.
A tendência mais forte será assim o uso de equipamentos dedicados, nos extremos de redes de IoT, para conectar dispositivos ou fazer alguma forma de analítica de baixa latência ou aplicações de controlo.
“As pessoas a gerirem a compra de soluções de IoT geralmente não são as de TI”, disse Renaud. “São geralmente os donos de fábricas ou o responsável pela frota de automóveis”.
Fonte: Computerworld
Fonte Complementar: Você sabe o que é Edge Computing, e por que o modelo é tão importante?
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